sábado, 19 de fevereiro de 2011

Encontro: "Crescer: A Importância dos Valores e Limites"

No passado dia 12 de Fevereiro tivemos mais um encontro na nossa escola, desta vez dedicado ao tema "Crescer: A Importância dos Valores e Limites". Foi um momento de partilha de experiências, debate de opiniões e reflexão em conjunto onde todos aqueles que participaram deram o seu contributo, tornando o encontro mais rico. Partilho aqui, em algumas linhas, com os pais que não tiveram oportunidade de participar neste encontro algumas das ideias a que chegamos.
Em conjunto vimos que não é fácil ser mãe ou pai, e que educar uma criança é muito mais do que cuidar. Percebemos que apesar de não existirem "fórmulas mágicas" no que respeita à educação, existem pilares, bases para a promoção de um crescimento saudável e harmonioso: o Amor, os Valores e os Limites.
Vimos e redescobrimos que a família, nomeadamente os pais e as figuras mais importantes para a criança, são os seus modelos, que a criança imita os pais, e imita sobretudo o seu comportamento, no melhor e no pior (quantas vezes não está o armário desarrumado porque a criança quer fazer como a mãe e vestir-se como ela, ou fazer a barba como o pai?).
Através da partilha e reflexão percebemos que os valores transmitem-se no dia-a-dia, em pequenos momentos mas com grandes aprendizagens, sobretudo por observação do comportamento dos pais, e também em diálogo (no contar histórias, ver filmes, nas situações que acontecem no dia a dia...).
Quanto aos limites, chegamos à conclusão que dizer "Não" é dizer "Eu gosto de ti", e que os limites são muito importantes para que a criança se organize consigo mesma, se adapte ao mundo, se relacione com os outros. Vimos que o "Não" tem que ser dito com segurança, sem medo, e ainda descobrimos que as crianças "nos pedem" limites, pedem que as ajudemos a organizar num mundo que para elas é novo e que a cada momento estão a descobrir.
Descobrimos em conjunto que todas as crianças conseguem mudar, o que é preciso é não desistirmos delas e acreditarmos que nós também conseguimos mudar a situação. Percebemos que pedir ajuda não significa sermos maus pais, pelo contrário, mostra que continuamos a tentar, não desistimos e queremos encontrar mais formas de ajudar a criança.
Deixo uma frase que resume bem o nosso encontro e tudo aquilo que fomos conversando ao longo do encontro:
"É preciso educar no respeito e afecto, transmitir valores, falar com as crianças, ouvi-las, ensiná-las a aceitar as frustrações, impor limites e exercer autoridade sem medo. É preciso recorrer a ajuda especializada sem vergonha." - Javier Urra (2010) 

Para terminar, quero agradecer a todos os pais que participaram e tornaram o encontro ainda mais rico e precioso, através da  partilha, comentários e opiniões. Muito Obrigada!
Eunice Cruz  - Psicóloga